Enquanto a mesa fervia lá embaixo, o quarto no andar superior estava mergulhado em um silêncio denso.
Liam fechou a porta atrás de si com um movimento firme, o clique da fechadura marcando o início de um território onde ele acreditava ter controle.
Olívia caminhou alguns passos para longe, instintivamente buscando distância. Parou perto da janela, os braços cruzados à frente do corpo, como se quisesse se proteger com o próprio abraço.
Ela olhou para ele, a respiração ainda acelerada, mas o olhar firme.
— Pronto. — disse, a voz sem doçura. — Seu palco privado. Agora fala marido.
Liam apoiou a mão na maçaneta por um segundo, como se precisasse daquele ponto físico para não deixar a raiva dominar. Depois se afastou da porta, caminhando em direção a ela com passos calmos demais para serem naturais.
— Você está alterada. — começou, medindo cada palavra. — Não é o momento de…
— Não vem com esse tom neutro de empresário em reunião, Liam. — cortou, sem dar espaço. — Eu não sou sua funcionária