A frase de Olívia ainda parecia vibrar no espaço
— Você acha mesmo que eu vou aceitar essa situação, Liam?
Liam a encarou por um segundo que pareceu muito mais longo do que era. A mão dele continuava firme no braço dela, quente, implacável, como se tentasse ancorá-la ali à força. O maxilar dele estava travado, o músculo pulando levemente, denunciando o autocontrole levado ao limite.
O olhar dela desceu para a mão dele que segurava seu o braço, e depois voltou para o rosto dele. Liam falou, com a voz baixa, firme, sem espaço para discussão.
— Vamos conversar no quarto.
Não havia calor na frase. Não havia pedido. Era comando puro.
Olívia soltou um riso curto, incrédulo, o tipo de riso que nasce mais de dor do que de humor.
— Qual o problema de falar aqui, hein, Liam? — retrucou, ergueu o queixo, os olhos brilhando de indignação. — Sua família sabe como você é. Não tem nada para esconder.
O polegar dele apertou um pouco mais o braço dela. Não o suficiente para machucar, mas o suficiente