Ângelo mal encostou nela, e Vitória abriu os olhos imediatamente.
Anos vivendo em meio ao perigo a tornaram extremamente alerta.
No entanto, ao perceber que era ele, voltou a fechar os olhos, exausta.
Depois de tanto tempo enfrentando situações imprevisíveis sozinha, tudo o que ela queria era descansar.
Ela era, afinal, uma jovem de menos de 20 anos, carregando um fardo que poucos poderiam suportar.
— Continue dormindo. — A voz de Ângelo era suave, quase um sussurro.
Vitória não respondeu. Apenas se aninhou em seus braços, permitindo-se finalmente relaxar.
Para alguém que sempre teve um sono leve e agitado, conseguir dormir profundamente era um luxo raro.
Agora, mesmo que o mundo desabasse, ela não queria se importar.
Ângelo a carregou cuidadosamente até o quarto principal, colocando-a suavemente na cama.
Tirou os sapatos dela e puxou o cobertor, cobrindo-a com delicadeza.
— Durma bem. Qualquer problema pode esperar até amanhã.
Não importava o que tivesse acontecido de ruim naque