AMÉLIA
Pesadelo segurou meu braço com firmeza, mas não com força excessiva, como se temesse que eu escapasse a qualquer momento.
Eu puxei suavemente meu braço, olhando diretamente nos olhos dele, uma mistura de determinação e um leve temor refletindo nos meus próprios olhos.
— Pesadelo, por favor. Eu não quero problemas. Me deixa em paz. — minha voz vacilou um pouco, nervosa, enquanto tentava transmitir minha firmeza.
Ele respirou fundo, soltando um suspiro pesado. Seus olhos escuros buscavam desesperadamente os meus.
— Só uma conversa. Eu preciso que você escute o que eu tenho para falar. — sua voz era baixa, carregada de emoção contida.
Fiquei em silêncio por um momento, meu coração batendo descompassado. Apesar dos meus receios, algo no olhar de Pesadelo me fez hesitar.
— Pesadelo...
— Não me chama assim. Me chama só de Arthur, como antes. — ordenou, sua voz soando um pouco ríspida.
Olhei para ele, um misto de confusão e hesitação em meus olhos.
Pesadelo era como todos o conheciam,