Depois de um encontro inusitado, ele se tornou obcecado por ela. Não importa o quanto Giulia Rossi tente fugir, ela pertence ao don, e ele nunca a deixará em paz.
Leer más"Ele estava louco por ela, mas quando Giulia Rossi contou que estava grávida, o mafioso a odiou. Ele não acreditava que seria pai"
Giulia Rossi sentiu uma pontada de medo ao perceber o beco vazio em que se encontrava. Ela tirou os fones que tocavam uma música divertida a segundos atrás, e observou a paisagem se transformando em ruas pobres e escuras.Ela sentiu um súbito medo, e a vontade de voltar pareceu a melhor ideia por alguns segundos em que decidia o que fazer, mas já era tarde demais, sobretudo, quando um homem mal encarado passou a segui-la.Uma mulher como ela não deveria andar sem seguranças, mas ela não os encontrou quando decidiu que deveria voltar para a mansão em Bel Air. De toda forma, eles é quem deveriam tê-la esperado, e agora, ela estava em uma enrascada.A linda jovem olhou para trás sentindo a sombra do homem persegui-la, e a cada passo que dava, podia sentir o odor forte impregnar-lhe as narinas.– Hey, gata. Eu tenho pau suficiente para essa bunda! – Ele gritou de longe.Giulia Rossi arregalou os olhos alarmados e virou a cabeça por dois segundos para encarar aquele mendigo atrevido. – Vai se ferrar! – Ela vociferou.De algum modo, ele sentiu-se injustiçado pelas palavras da moça. E no momento em que Giulia deixou o fone de ouvido cair de suas pequenas mãos trêmulas, aquele homem se aproximou.Ela se levantou rapidamente, mas sentiu as mãos nojentas agarrarem-lhe com força. – Ai meu Deus! – Ela gritou em meio ao susto.– O que você disse? Repete! – Ele a encarou com os olhos inundados de desafio.Giulia Rossi não era o tipo de garota acostumada a se dobrar. Ela deveria saber, como um membro da máfia que andar por aquele território era uma péssima idéia. Mas tudo que conseguiu pensar foi no lamento de ter ouvido o pai para que deixasse sua pistola semiautomática em casa.– Me solta!– Ou o que? O que você vai fazer, garotinha?– Se você não me soltar, vai se arrepender muito. Esse é o meu último aviso.E então, ele tentou segura-la contra a parede, enquanto inutilmente tentava abrir a calça com uma das mãos trêmulas do vício em drogas.Parte daquilo era culpa do pai dela. O capo Rossi era o único responsável por fornecer drogas naquela região, e agora, a criminalidade havia disparado em um ritmo descontrolado.Ela praguejou mentalmente enquanto ele parecia o patético de sempre. Giulia havia acabado de fazer as unhas e agora as estragaria com um homem inútil.– Agora você vai ver. Eu vou te mostrar o que é um homem de verdade, putinha. – Ele umedeceu os lábios sujos de algo que a Giulia não pode identificar.Giulia Rossi só conseguiu olhar no fundo da boca daquele homem muito feio e perceber a falta de dentes. Mas o hálito fétido como se ele comesse lixo pareceu bem pior que tudo.O som do zíper se abrindo fez com que ela arregalasse os olhos claros ainda mais. E então, Giulia Rossi imaginou a sua primeira vez daquela maneira horrível, com um homem tão grotesco.Como uma garota da máfia, ela sabia que no momento em que se entregasse a alguém, perderia todo o seu valor para o casamento. Tentando não desistir, Giulia Rossi concentrou-se nas aulas de artes marciais que aprendera com o irmão mais velho. Aquilo não pareceu tão fácil quanto nos treinamentos, mas ela ainda tinha tudo sob controle.O homem horrível a lambeu no pescoço e então rasgou a blusa cara que ela vestira naquela manhã para visitar as crianças do orfanato.Foi como um pesadelo. Ela estava horrorizada, mas ainda era orgulhosa demais para gritar. – Me solta! Você não tem ideia de quem é a minha família.– Você não sabe quem é a minha! – O mendigo disse em um tom de deboche.Giulia balançou a cabeça, em negação, enquanto as mãos estavam presas sobre a cabeça.E então, um solavanco muito forte a fez abrir os olhos. Ela ainda não podia entender como tudo pareceu acontecer tão depressa, mas lá estava aquele homem caído no chão, completamente desmaiado como se tivesse morrido subitamente.O rosto virou-se quase que em câmera lenta em direção a algo que ela temeu ser pior. Os olhos se encontraram como chamas acesas um para o outro.Leoni Messina tinha um olhar gélido e penetrante, mas ainda era um homem completamente desconhecido.– Obrigada. Eu não sabia mais o que fazer. – Ela admitiu, voltando a encarar o homem caído no chão.Leoni Messina apenas assentiu com a cabeça como se não se importasse pelas palavras da moça, mas havia algo por trás do olhar gélido que indicava uma certa intenção.– Que seja!– Hei, eu estou te agradecendo. Seja educado.– Você não teria que me agradecer se não estivesse se colocando em perigo desse jeito.Giulia abriu completamente a boca, embasbacada. Como aquele homem podia ser tão desagradável depois de salvar-lhe a vida?– Você não pode falar assim comigo. Se não queria me ajudar, então por que veio?– Ih, a mocinha ficou brava... – Um outro rapaz disse ao fundo.Foi a primeira vez que ela viu um breve sorriso nos lábios daquele homem lindo. Mas ele ainda parecia ter a carranca de mil demônios estampado no rosto. – Ela não teria que ficar brava se fosse responsável com a própria vida.Ele pareceu distraído ao encarar o próprio punho levemente machucado, mas o rosto do homem de certa forma pareceu demonstrar prazer.– Minha vida? Você não me conhece, não sabe nada sobre mim. E para a sua informação, eu só estava...Ele riu, sem humor. – Eu não te perguntei nada, senhorita.Ela sentiu a frase como uma ofensa mortal. – Você é sempre insuportável desse jeito ou só está de mal humor hoje?Ela deslizou o olhar para o jovem de terno ao lado do seu salvador, e lá estava ele, escondendo o riso por trás dos dedos cheios de anéis.Mas tão rápido quanto fora para ela ser salva, aquele homem também a agarrou, prensando-a contra a parede.– Você? – A visão pareceu tão assustadora, mas não por um motivo ruim. – Eu achei que nunca mais fosse te ver na vida! – Ela afirmou. Giulia Rossi ainda segurava o pequeno bebê nos braços, quando a mulher bem vestida se aproximou. – Pensei que nunca conseguiria te agradecer. Eu nem sei como você pode suportar tanto por mim. – Não foi uma caridade, Giulia Santorini. – A mulher revelou. – É seu filho? – Ela apontou. – Sim! – A mulher ergueu o braço. – Quer segura-lo? – Você confiaria ele a mim? – Confiei a minha vida a você. Ele é mais uma parte dela. A mulher parecia emocionada, mas ainda manteve a postura durona. – Eu não estava naquele lugar por acaso. Fui levada até lá como uma medida de segurança. O don tinha certeza de que a esposa o trairia, e ele acreditou que o seu sequestro seria um risco. – Por que sequestrar a mim? – Por que você sempre foi a coisa mais importante na vida do Leoni Messina, e o Nicov sabia que ele faria qualquer coisa para te salvar! Giulia Rossi nã
Leoni Messina bateu os pés ansiosos várias vezes. Ele não conseguiu conter a vontade de arrasta-la até o altar, então, desceu pelas escadas e andou em direção a grande porta de madeira, que se abriu assim que ele se aproximou. Os olhos percorreram todo o ambiente, esperando que pudesse vê-la o mais rápido possível, mas a imagem de alguém beijando a testa da Giulia Rossi o deixou em estado de fúria. O mafioso sentiu a cabeça ferver, enquanto avançou em direção ao homem, arrancando dos braços de sua amada. As costas do atrevido bateu contra a parede, e Giulia Rossi gritou de desespero quando o punho cerrado do Leoni Messina quase acertou o rosto do homem preso pela garganta. Leoni Messina se conteve bruscamente assim que figura que desejou matar com todas as suas forças cinco segundos antes. – Que merda, Lucca! – Ele murmurou. – Que droga você faz sozinho com ela? O pescoço ainda estava sendo apertado antes que ele percebesse a falta de ar do irmão, então finalmente o liberou, embo
O avião pousou em um lugar remoto, e Leoni Messina segurou a mulher pela mão, a arrastando para fora do avião que a resgatou até o novo lar. Remoto, e escondido de todos, as terras sequer pareciam terem sido desbravadas. Como construir uma casa ali? Mesmo assim, ele a segurou pela cintura, e a mulher ainda conseguiu sentir as ondas de calor que percorreram até as pontas dos pés, traduzindo em um tremor que ela não conseguiu disfarçar. De alguma forma, ela ainda tinha um sorriso de felicidade nos lábios, mesmo que não pudesse esperar o que estava prestes a ser revelado. O mafioso subitamente parou de caminhar e a encarou. – Agora, Marcela, estamos só nós dois aqui. E pelo tanto que eu acreditei te amar, não a levei a um galpão. Marcela Alekseeva arregalou os olhos, temendo que tivesse caído em uma armadilha. Leoni Messina nunca foi o tipo de mafioso acostumado a ser benevolente, e não seria diferente para ela.Não depois do que fez. – Você está me assustando! O homem a segurou pelo
– Foi a Marcela, não é? Ela me traiu mais uma vez? Leoni Messina riu. – Ela não tem tanta sorte! – Então quem foi? – Os olhos pareceram paralisados no mesmo lugar, com o vislumbre da traição que caminhou até ele, em passos lentos e traumatizados. – Você? Maldita! – Parece que você não consegue segurar uma mulher tão bem quanto pensa. Já perdeu duas, e se vivesse livre o bastante, perderia muitas outras. – Ele zombou. – parece que o seu bichinho de estimação se cansou. Dimitri Nicov riu alto. – O que você acha que ela vai fazer? Pode me entregar para ela. – Você é um escravo agora. – Ela vai me libertar na primeira oportunidade. Então, eu vou pegar você, Leoni Messina. O mafioso italiano riu, mas ainda havia algo cruel na expressão estampada no rosto. – Não se esqueça de me levar para jantar antes. – Você adora brincar, não é? Vamos ver se vai achar divertido quando eu te amarrar e torturar a sua virilidade dia e noite! – É muito engraçado. – O que é engraçado? – Eu andei co
Giulia Rossi gritava, segurando a faca que havia conseguido de formas quase inacreditáveis. Revirar o corpo de um homem morto não parecia a melhor idéia, mas de forma alguma ela podia voltar a entrar no carro com aquele monstro parado a sua frente. Ele tinha uma arma apontada para ela, mas se recusava a atirar. Aquele tipo de misericórdia não era divertido o bastante, e a Giulia Rossi finalmente conseguiu correr para longe. Parecia tão assustador fugir segurando apenas um bebê e uma faca, mas que escolha ela tinha? Giulia conseguiu alcançar uma mata fechada que ficava ao lado das pistas de pouso e desaparecer, mas ela sabia que não duraria muito tempo. Logo aqueles homens a encontrariam. As vezes ela conseguia sentir a presença do monstro que a perseguia, mas parecia paranoia. Olhar para todos os lados já não era o bastante e a garota sabia que seria pega se continuasse parada no mesmo lugar.Quando as vozes se tornaram mais próximas, Giulia teve certeza de que seria levada para o
Ela sabia que teria que se entregar ao monstro que a esperava em algum lugar, no instante em que deixou o apartamento do Leoni Messina para sempre. A sensação de medo custava a passar, e ela ainda mantinha o pequeno bebê em seus braços trêmulos, enquanto tentava conter a vontade de fugir daquela rua escura em que foi obrigada a esperar pela chegada do homem que a buscaria. Fugir do Leoni Messina nunca foi uma tarefa fácil, e ela sabia que qualquer deslize o faria acha-la, como em todas as vezes em que desapareceu do seu apartamento. Agora, no entanto, ele não tinha um rastreador que pudesse usar para acha-la quando quisesse, embora a Giulia Rossi torcesse para que ele tivesse colocado outro sem que ela soubesse. Um carro estranho parou do outro lado da rua, e o impacto do medo fez com que ela sentisse um estranho zumbido no ouvido. Não, ela não podia desmaiar naquele momento. Giulia Rossi precisava ser forte pela criança, e precisava ser fria se quisesse ter ao menos a chance de sob
Último capítulo