Quase duas horas entediantes se passaram desde que todos foram ao andar de cima. Giulia ainda tentava manter a postura ereta, sentada no sofá como uma maldita boneca de decoração. Sua mãe, ao seu lado, gozava da mesma postura, embora demonstrasse gostar da vida recatada e controlada da máfia.
– Mãe, por que o papai queria saber aonde você estava hoje? – Giulia interrompeu o silêncio.
A sua mãe bebeu o champanhe de uma forma estranha. Helena Rossi pareceu tentar afogar-se no líquido gelado e borbulhante do copo como um suicídio de salvação. – Bobagem. – Ela contentou-se em apenas dizer a única palavra que fez a filha sentir-se desconfiada.
– Mãe, o que você fez? – Ela encarou a mulher que claramente sentia-se desconfortável.
– Não vai me interrogar agora como o seu pai faz, não é? Vocês são todos iguais.
– Eu não sou igual a ninguém, mãe.
– Eu não tenho saída, Giulia. Não posso dizer nada a você. É melhor que seja assim.
A garota abaixou-se em frente ao sofá esperando que