Capítulo 12
David Bellerose Neto
A chuva virou uma forte tempestade de repente, com o som dos trovões misturado ao vento que batia nas janelas.
Era o tipo de noite que, se eu pudesse, me esconderia dentro de mim mesmo.
Mas não dava. A casa estava cheia, e o destino era um velho debochado, parecia disposto a me torturar mais um pouco.
A luz piscou uma, duas vezes, até apagar de vez.
— Droga! — Ben resmungou. — E justo quando a parte boa do filme ia começar!
— Parte boa? — Lilly riu. — Você dorme em todas as partes!
A confusão começou leve. Alexa, prática como sempre, apareceu com uma caixa de velas e lanternas.
Rose e Antony, claro, já estavam juntos no sofá, enrolados num cobertor, como se o mundo lá fora não existisse.
E então veio Oliver, segurando uma garrafa de vinho e um sorriso arteiro.
— Se é pra ficar no escuro, que seja bebendo. — disse, abrindo a garrafa com um estalo.
— Apoiado! — Antony respondeu, pegando as taças. — Pelo menos o vinho não precisa de eletricidade.
Ficamos