Demitre irrompeu na OneBionics. Dessa vez, quem esperava atrás do balcão era um homem. Não deu muita atenção a ele, apenas pediu, com uma pressa impaciente, que lhe entregasse o dispositivo de atrelar ao pulso. Passou pelo detector de mentiras. Pegou o elevador circular e esperou enquanto subia. Através das paredes de vidro, podia ver os jardins do edifício B. Arrependeu-se imediatamente de não ter escolhido pegar as escadas; odiava elevadores, detestava esperar parado.
Resfolegava e transpirava. Mal se livrara do uniforme de trabalho. Vestira seu sobretudo às pressas e acabara esquecendo suas mitenes no ferro-velho. Presumia-se encrencado, supunha que seu chefe descobriria sobre sua fuga no meio expediente.
Em sua cabeça, mais uma vez, havia silêncio. Mas ele sabia que, há qualquer momento, a bomba-relógio voltaria a tiquetaquear. Enquanto estivesse plenamente consciente, Demitre nunca ficaria seguro.
Desafiara as vozes, como de costume. Recusara-se a fazer