Giovanni estava ainda na sala de recepção, primeiro cômodo do apartamento alugado para Dalila, desde que chegou com Tommaso no cair da noite. Não queria avançar pela casa e se intrometer nas coisas pessoais da morena, na verdade pensava em uma distância segura daquela mulher e só estava ali porque somente ele seria irrelevante suficiente para que Tommy tivesse um tempo com ela. Ao menos foi o que seu irmão disse antes de saírem.
Seu sangue ferveu quando ouviu as palavras sempre mesquinhas e egocêntricas de Tommaso, e embora não fizesse questão de vangloriar-se por coisas que trariam problemas, ele sorriu de canto lembrando-se do olhar quente da brasileira. Tommaso nunca veria aquele olhar, mesmo que ambos fossem monstros cruéis, ela sabia que o único que seguramente não lhe faria mal (apesar de ter lhe apontado uma arma), o único que gostava de vê-la falando alto e dando ordens (apesar de jamais admitir) era Giovanni, o irmão “irrelevante”.
“Maldição! O que tem na cabeça, Giovanni?!”