“Você é lixo” “Quem iria te querer?” “Ridícula!” “Kendall, Kendall, Kendall. Acha mesmo que alguém irá gostar de você?” “Não perco meu tempo com você.” “Essa daí é mais fina do que um graveto.” Depois de cada frase sempre vinha as risadas e mais risadas. Meu ensino médio não foi dos melhores, pelo contrário, os ‘melhores’ da escola sempre arrumavam um jeito de me implicar comigo. Não é preciso falar que fiquei mal com isso, não é? Mal a ponto de minha auto-estima ficar tão baixa que precisei de psicólogos e fui até internada por sempre contar meus pulsos. A dor física fazia aliviar toda a pressão. Não foi nada fácil. No segundo ano saí da escola para ser internada, mas Marcus Moss… Papai, ele me ajudou e muito. Tirou-me da clínica e me apresentou um novo mundo que as coisas que faço podem ser erradas, mas… para mim, parece ser normal ou parecia. Agora com meus 22 anos acredito que descobrirei outro mundo. Agora posso observar as coisas ruins que já fiz.
Ler mais“Não.” “Por favor, não me mate.”
“Tenho filhos.” “Por favor… NÃO…”
Silêncio.
Silêncio.
Silêncio.
O que dizer quando você mata alguém? Suponho que não tem muito o que falar quando acaba de matar, não é a primeira e não será a última vez que farei isso. Taylor Moore, foi a vítima da vez. Casado e pai de dois filhos. No auge dos quarenta anos. Taylor é diretor-executivo de uma empresa e aproveitador de menores de idade, fora que deve dinheiro para muita gente. Resumindo mais um serviço feito.
Mais um de muitos.
Tiro o silenciador da minha arma o guardando dentro da minha bolsa, tirei a peruca loira e as luvas colocando em uma sacola plástica. Todo um disfarce para ter o mesmo fim. Respiro fundo, dando uma última olhada no corpo. Peguei minha bolsa e a sacola saindo do quarto, saí pela porta dos fundos que dava em um beco. Finalmente saindo daquele nojento bordel. Joguei a sacola plástica na caçamba de lixo e saí do beco.
Virei a esquina com os passos apressados, preciso ficar o mais longe daqui. Passei a mão pelo cabelo e pisquei várias vezes tentando esquecer a imagem do homem que acabei de matar, mas não vou esquecer. Para falar a verdade nunca esquecerei nenhum deles. Por mais que eu tente, eles vão me assombrar para sempre.
Não tenho que reclamar, não tenho porque reclamar… Estou certa em fazer isso. Estou livrando o mundo de pessoas como ele. Evitando que realizem novas vítimas.
Andei mais rápido pela calçada. Sentindo o vento frio, eu apertei a jaqueta em meu corpo. Até então a rua estava vazia, apenas os prédios sendo testemunhas da minha presença ali. A noite está fria e bem iluminada. Eu segui pela rua principal. Quando viro a esquina, eu acabei esbarrando em alguém. Dou um passo para trás, recuperando equilíbrio e vendo quem era. Um homem. Parece que não estou tão sozinha assim. Principais características: alto, 1,90 de altura. Branco, careca e um sorriso nada acolhedor.
— Oi! gracinha. — O homem falou.
Não vale minha atenção. Escolho não responder ele e continuo andando, mas o homem não tinha as mesmas intenções que eu. Ele segurou no meu braço e me puxou fazendo eu parar na sua frente. Ele aperta meu braço com força.
— Já vai embora? Por quê?
Porque você fede e é um idiota, apenas a fim de pega a primeira mulher que passasse na sua frente e infelizmente fui a sortuda para não falar ao contrário. Mais uma categoria de homem que deveria ser eliminado na face da terra. Porém, fiquei em silêncio não respondendo sua pergunta.
É melhor eu pensar em como me livrar dessa situação.
— Fala algo! — O careca exigiu, impaciente, mas continuei calada. — Ah, não quer falar? Tudo bem! Vou fazer você falar, ou melhor, gritar de prazer.
O careca soltou meu braço e me empurrou, cair no chão. Lutar com ele levaria muito tempo, ele tem uma vantagem que é sua força. Encaro ele. Ele começou a tirar o cinto e eu coloquei a mão na bolsa pronta para pegar minha arma e atirar nele.
Infelizmente fará barulho por esta sem o silenciador, mas seria rápido e logo eu estaria longe dali. A rua está vazia. Sem testemunha. Será menos um. E pensando pelo lado bom, ele não fará outras vítimas.
O homem agora está com as mãos nos botões da calça, ele dá alguns passos em minha direção sorrindo. Devolvi o sorriso. Só mais uns passos e sua morte será rápida, eu sinto a adrenalina passando pelo meu corpo… Eu solto a arma na bolsa e segurei minha bolsa contra o meu corpo vendo uma Ferrari branca parar.
Um homem moreno sai do carro vindo em minha direção. Ele tem um olhar determinado e furioso. Perco alguns segundos no seu olhar, o verde é hipnotizante. O moreno empurrou o homem careca com força para o lado e se agachou na minha frente me olhando preocupado.
Prendo o ar por alguns segundos.
— Você está bem? — Sua voz rouca combinou perfeitamente com ele.
Ele olhou meu rosto com atenção e desceu seu olhar pelo meu corpo em busca de machucados. Quem é ele? Faço um gesto de cabeça concordando, assim que ele me olha em busca de respostas, mas ele me olha de novo de modo a tirar sua própria conclusão.
Ele passou seu braço em volta da minha cintura e com a mão livre segurou uma das minhas mão, me ajudando a levantar. O moreno me manteve perto do seu corpo. Sinto seu corpo rígido. Ele está com raiva, mesmo que seu rosto não demonstra isso.
— Sai daqui “playboy”! Essa mina é minha. — O careca gritou de raiva, fechando novamente os botões da calça.
O moreno voltou a ficar sério e se posicionou na minha frente como se fosse para me proteger, ergui uma sobrancelha. Um estranho querendo me proteger? Nunca fizeram isso. Quer ser o herói? Sinto vontade de revirar os olhos, mas por fora finjo estar assustada. Faço o papel de vítima.
— Você não encostará um dedo nela. — Sua voz foi firme. — Então faz um favor para nós e vai embora.
Ele deu uma oportunidade para que o outro fosse embora e não fiquei surpresa quando aquele cara negou. O careca riu vindo em nossa direção, pronto para uma briga, mas o moreno estava preparado e pelo porte físico não fiquei surpresa quando em um movimento rápido que ele fez. O moreno acertou seu nariz em cheio.
O careca começou a gemer de dor enquanto o seu nariz sangrava. Moreno não se importou em bater mais no homem, aposto que julgou ser perda de tempo. Com um soco já chora como um bebê. Que patético! Um homem daquele tamanho só servia para fazer medo.
Ele só sabia usar sua força para amedrontar os mais fracos. Pensar nisso me deixa com mais raiva, imagino quantas vítimas ele deve ter feito. Imbecil!
O moreno veio até mim e segurou na minha mão me puxando em direção do seu carro, sem falar nada, apenas o seguir. Sentei no banco de carona e ele sentou no de motorista nos tirando dali. Não faço questão de olhar para o careca, ele teve sorte. Não foi aquele fim que imaginei para ele.
P.V. KENDALL- Felipe, não! - Ouvi Gael gritar para o irmão.Olhei para trás já sentindo meu coração a mil. Tinha um garoto no chão com o rosto sangrando, acho que o seu nariz está quebrado e Felipe em pé olhando para ele bem sério. Vou me aproximando enquanto uma mãe passa e acaba esbarrando em mim indo em direção à criança que está deitada no chão. Eu já estou vendo toda confusão se formando. Sei que não vai terminar bem, nunca termina bem. Da última vez teve uma briga feia aqui tendo que parar na delegacia isso porque foi só troca de palavras. Esses riquinhos metidos se ofendem com qualquer coisinha isso porque é briga de crianças.- Você nunca mais ousa falar assim da minha mãe. - Felipe avisou. Sua voz saiu baixa, mas foi alta o suficiente para todos ouvirem.Gael está ao lado do irmão e puxa ele para trás.- Agressão não vai resolver nada. - Gael falou. - Acha que vai resolver o mundo desse jeito? Em?Felipe não respondeu, mas tenho certeza que vai ouvir o seu irmão e levou em
Passamos horas ali colocando a conversa em dia, Carol e seu namorado chegaram a se juntar com a gente. Na hora de ir embora dividir um táxi com Tyler. Hoje em dia não moro mais com meus pais, tenho meu apartamento no centro.- Tyler não vou conseguir deixar você ir embora desse jeito.- Sofia não fala como se eu tivesse bêbado a ponto de não conseguir chegar no hotel. - Ele riu. - Eu estou bem, relaxa.Eu fiz bico e cruzei os braços. Ele riu mais.- Fica aqui em casa, por favor.Ele negou com a cabeça, sorrindo.- Ok. Vou ficar. - Pagamos o motorista e saímos do carro.No caminho para o meu apartamento a gente ficou conversando sobre coisas sem noção e rindo.- Sofia rir baixo. Daqui a pouco você vai ser expulsa do prédio.- Xiu. - Coloquei a mão na boca dele. - Deixa eu rir em paz.Abri a porta e entramos. Agora em casa bebemos mais um pouquinho.- Chega, Sofi. - Tyler tirou o copo da minha mão. - A gente já bebeu mais do que devia.- Tenho que concordar. A minha cabeça está girando.
Assim que eu abri a porta da casa da Kendall e Dominic, eu fui recebida por um pequenininho muito gostosinho da tia. Gael abraçou as minhas pernas. Ser tia está sendo maravilhoso para mim, descobri que amo crianças e consegui ficar mais perto da Kendall. As crianças nos aproximou demais e Kendall ao meus pais também. Ela agora chama eles de pais, imagina a alegria da dona Clarice e do Robert.- Tia! - Gael gritou. Me abaixei e peguei ele no colo.- Como você está, amor da tia?- Muito, muito e muito bem. - Ele diz animado.Gael saiu a cópia de Dominic. Os olhos em então? Sabemos que ele vai dar trabalho com essa lindeza, mas o meu outro pequeno Felipe não fica atrás. Ele também puxou os olhos do pai, apenas os olhos, porque de resto puxou totalmente Kendall. Os dois pequenos são muito apegados a seus pais mesmo que Gael seja mais apegado ao Dominic e os três são muitos protetores com a Kendall. Minha irmã é a rainha da casa. Já havia algumas pessoas presentes na casa, Dominic e Kenda
P.V. SOFIAUau, como tudo mudou. Sou tia de dois, Gael e Felipe. Gael está com seus cinco anos de idade. Felipe está com quatro anos e bem, ele é Kendall, escritinho até mesmo no humor. Kendall vai para o terceiro filho, não sabemos ainda, são apenas suspeitas. Mas todos estão torcendo para que sim. Gigi e Miguel são pais também, eles tiveram gêmeos. Carol surtou de felicidade e não desgruda dos sobrinhos. Gigi e Miguel agradecem por isso. Sempre que querem sair já sabem onde deixar as crianças. Os gêmeos têm quatro anos.Gigi e Kendall tiveram seus filhos quase no mesmo dia. Gigi teve primeiro e Kendall no dia seguinte, nessa gravidez ambas estavam bem conectadas.E eu? Tyler me surpreendeu demais. Nunca imaginei que acabaríamos juntos. Tudo começou no aniversário de 2 anos do Felipe. Tyler estava morando na Inglaterra nesse tempo, ele acompanhou tudo que estava acontecendo aqui pelos noticiários e através do Dominic e Miguel. E decidiu vir no aniversário do Felipe.Flash Black on
Flash Black onDou duas batidas e abrir colocando minha cabeça para dentro.- Dominic? – Chamei por ele. – Está acordando?A luz do abajur estava acesa. Dominic estava deitado de costas para a porta, ele virou a cabeça para me ver.- Sim, está tudo bem? – Ele perguntou, sentando na cama.Com esse movimento a coberta deslizou pelo seu corpo ficando em seu colo. Dominic está sem camisa, não disfarcei ao olhar seu corpo, ou melhor esqueci de me lembrar que deveria disfarçar. Meu olhar percorreu um longo caminho pelo seus braços, barriga e descendo um pouco mais. Eu pude ver o começo da sua cueca. Pisquei algumas vezes tentada a descobrir o que mais tinha ali. Decidir olhar para qualquer canto que não seja Dominic.Eu já imaginava o que poderia encontrar ali, mas ver ele sem camisa ou melhor apenas uma peça de roupa cobrindo seu corpo me deixou mais tentada a ficar por ali mesmo.- Hm... É que estou sem sono.Ele faz um barulho com a boca chamando minha atenção, olhei pra ele. Dominic afa
Faz umas duas semanas que estamos aqui na casa dos meus sogros. Gael está no meu colo, mamando. Meu filho tem estado mais forte a cada dia, dar de mamar para ele é a parte que eu mais gosto. Gael mal nasceu e já sei que ser apegado ao pai, ele me troca muito fácil pelo Dominic e eu fico rendida porque a cena mais linda que eu acho é o Dominic segurando o nosso filho. Faço carinho no rosto do Gael, passando o dedo indicador de levinho pelo seu nariz.- Mas já está aí? - Dominic falou entra no quarto. - Você não acha que está muito nos peitos da tua mãe? - Ele sentou ao meu lado.Sorri para ele. Dominic me deu um selinho. Voltei a olhar para o Gael.- E pensar que o meu filho tinha cara de joelho.- Ah, vai começar você com essa história, Kendall.Eu ri. Para mim todas as crianças nascem com cara de joelho e meu filho não foi diferente. Agora seu seu rostinho está tomando forma e a cada dia vejo que ele está parecendo mais com Dominic do que comigo. Melissa me mostrou uma foto do Domini
Último capítulo