Kevin.
Eu caminhava lentamente pelo corredor longo e silencioso do hotel, sentindo o eco dos meus próprios passos como um prenúncio. A cada passo, o nervosismo crescia, queimando meu estômago, mas mantive o ritmo calmo. O número da porta à minha frente confirmou que eu estava no lugar certo. Respirei fundo, ajustando minha expressão para parecer casual, e bati na porta. Esperava encontrar Mary sozinha e, ao vê-la abrir a porta, minha suposição se confirmou.
Ela me encarou, a expressão intrigada e um tanto fria. Mary estava mais abatida do que o habitual, com um semblante sombrio e distante que me fez hesitar por um instante. Tentei decifrar o que passava pela mente dela, mas, como sempre, sua expressão era uma muralha difícil de penetrar. Sabia que ela estava furiosa com o relacionamento de Christopher e Âmbar; era o único ponto fraco dela. E eu estava prestes a testar até onde esse rancor poderia levá-la.
— Tia, eu posso falar com você? — Minha voz saiu firme, mas calma, com o tom de