Yana
Saímos do elevador presidencial direto na garagem. Entramos em seu carro; ela dissera que Christopher mandaria entregar o meu na minha casa.
A senhora Âmbar foi todo o percurso até o restaurante questionando sobre mim.
— Devo estar parecendo uma louca de tanto que lhe pergunto coisas, não é? — sorriu.
Já estávamos no restaurante.
— Fiz mais perguntas do que as pessoas que trabalham para o censo do governo.
Uma risada me escapou com sua expressão cômica.
— Não, não parece não. Sei que deve ter curiosidade sobre mim, eu desperto isso nas pessoas, ao que parece. — Tentei não me sentir afetada com minha realidade.
— Não quero que me interprete mal ou que julgue que eu estou querendo fazê-la se sentir mal. Apenas te acho linda e o fato de se esconder nessas roupas largas me instiga a conhecê-la.
Soltei um suspiro.
— Eu só não gosto de ser vista. Não me sinto bem com os olhares dos outros sobre mim.
— Há um motivo para isso?
— Sempre temos um motivo por trás do que somos. Nosso passado