Abro os olhos fingindo susto com o barulho da porta, Pedro se aproxima rapidamente e segura em minha mão fazendo carinho, sorrio pequeno e desvio o olhar.
— Acordou há muito tempo? — Ele pergunta com carinho, mas nego com um aceno. — A enfermeira pediu para evitar falar, se mover ou se esforçar, então descansa para que você possa sair daqui o quanto antes.
Pedro conversa comigo em um monólogo, até tento responder, mas tudo em mim dói, observo-o com atenção e carinho.
— Trouxe mais flores para você, e uma cesta com chocolate, espero que possa comer brevemente! — Ele diz se sentando ao meu lado.
— Pedro! — Falo com dificuldade.
— Shiu! Não fala nada, não agora... — Ele diz com muito carinho.
A enfermeira entra e diz que o horário de visita acabou, ele se despede e promete que voltará no dia seguinte, agradeço com um sorriso e ele sai. Sinto as lágrimas descerem em meu rosto e a enfermeira me olha com ternura.
— A senhora ficará bem e em três dias receberá alta. — Ela fala com calma.
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