O dia todo passa e tudo que acontece para mim é receber comida, que vem de Eryon. Percebi que meu amigo não faz ideia de quanto um mortal come, porque ele já me trouxe cinco lanches enormes.
E em cada vez, mantém silêncio. Simplesmente não responde a nada do que eu pergunto. Só entra, deixa a comida nova, pega as sobras do que trouxe antes e sai.
— Vai me ignorar de novo? — Pergunto, assim que ele entra mais uma vez. Estou na cama, abraçando as pernas.
Agora ele suspira, de costas para mim.
— Você fez merda séria, Alexia.
— Eu estou tão arrependida, Eryon… — minha voz falha.
Então, ele se vira e me encara.
— Isso aqui… — aponta para o portão, sobrancelhas estreitadas — isso aqui está tudo errado.
Franzo a testa.
— Isso o que?
— Você aqui, só com ele. Ele não foder ninguém mais desde que você apareceu. — Agora seu olhar é glacial. E cheio de desdém. — Você deveria ser só outra victus, mais nada. Essa merda toda está acontecendo porque você se apaixonou pelo nosso vicarius. E ele é um