A noite já envolvia a mansão em um silêncio confortável. A suíte principal estava banhada por uma luz âmbar suave das luminárias ao lado da cama. As cortinas estavam entreabertas, deixando a lua cheia espiar o casal que descansava abraçado após um dia cheio de amor, risadas e família.
Isadora estava deitada de lado, envolvida pelos braços de Fernando. Sua cabeça repousava no peito dele, e suas mãos estavam sobre o ventre arredondado onde a filha dormia... ou quase.
Fernando acariciava o ventre com movimentos suaves, os dedos passeando com devoção, como se pudesse tocar diretamente sua filha.
— "Tá sentindo isso, minha princesa?" — ele murmurou, com a voz grave e baixa. — "É o papai... tô aqui. E vou estar sempre aqui."
Como se tivesse entendido, Esperança deu um chute forte, e Isadora soltou uma risadinha.
— "Ela ouviu."
— "Claro que ouviu. Porque ela é esperta. É sangue da minha alma, da tua luz. Ela sente tudo..."
Fernando abaixou o rosto e beijou o ventre, demoradamente. Depois, ai