MENINAS QUEM PODER COLOCAR NA BIBLIOTECA AJUDA MUITO A AUTORA,POIS ASSIM O APP VÊ A AUTORA ,BEIJOS ATUALIZAÇÃO DIÁRIA
A mesa estava posta com cuidado quase cerimonial.Louças delicadas, velas suaves no centro, o aroma acolhedor de comida feita com amor preenchia o ambiente — um tempero que só Samara e Cecília conseguiam colocar. A cozinha ainda vibrava com o som das panelas, risos abafados e os pequenos passos de Lorenzo engatinhando pelo corredor com seu brinquedinho favorito nas mãos.Samara ria enquanto corria atrás do bebê, completamente encantada com cada avanço do filho. Ele dava gritinhos, batia palmas e seguia tentando se firmar em pé, escorando-se em tudo o que via. Ela se abaixou, pegou-o no colo, e ele aninhou a cabeça em seu pescoço, exausto de brincar tanto.Do outro lado, Cecília observava seus quatro tesouros recém-nascidos, alinhadas nos bercinhos ao lado da sala, os rostinhos serenos como pequenos anjos adormecidos. Cada uma com um laço de cor diferente no cabelo. Ela acariciava as barriguinhas delicadas, com aquele sorriso de plenitude que só uma mãe conhece.Na sala, Leonardo, Fell
A casa já estava silenciosa. Os risos e as conversas haviam se recolhido, assim como os bebês adormecidos em seus berços. Apenas a lua filtrava uma luz prateada pelas janelas. Fernando esperou que todos subissem antes de estender a mão para Isadora, com um sorriso contido e respeitoso.— Vem comigo?Isadora assentiu, ainda sentindo o calor do abraço de Samara e Cecília no peito. Não perguntou para onde iam. Apenas confiou.Ele a conduziu pela trilha iluminada suavemente até a casa anexa. Quando entraram, Fernando não foi para a sala ou cozinha. Em silêncio, subiu com ela até o estúdio de dança — aquele espaço onde ela tentava se reencontrar consigo mesma.A luz suave do ambiente criava sombras delicadas. Fernando foi até um canto, mexeu no celular e, sem uma palavra, procurou por uma música. O silêncio entre eles era confortável, íntimo. Quando a melodia começou, suave e poderosa, Isadora reconheceu na primeira nota.“Maria, Maria é um dom, uma certa magia…”Elis Regina. A canção que
Fernando fechou os olhos por um instante, sentindo o mundo inteiro se acalmar com aquelas palavras. Não precisava de mais nada. O que ele mais queria, ela havia acabado de lhe dar: uma chance.Ele segurou o rosto de Isadora com as duas mãos, com a delicadeza de quem segura algo sagrado.— Obrigada. — ele disse, com a voz rouca pela emoção. — Você não tem ideia do quanto isso significa pra mim.Ela sorriu, pequeno, tímido. Um sorriso real. Que não vinha da obrigação, nem da educação — mas da alma. Era o primeiro em muito tempo que realmente nascia dela.Fernando se aproximou devagar e a abraçou de novo, agora com calma, com o tipo de abraço que diz "estou aqui", "fica", "descansa em mim". E Isadora… ficou. Encostou o rosto no peito dele e escutou o coração dele bater. Firme. Constante. Forte como ela precisava.Ficaram assim por longos minutos. Sem pressa.Quando finalmente se afastaram, Fernando limpou uma lágrima que ainda escorria pela bochecha dela e disse:— Vamos construir essa v
SINOPSEFernando Colombo, 40 anos, é um dos pilares da temida Máfia da Trindade Italiana. Bem resolvido, leal e implacável nos negócios, ele vive por um código inquebrantável: proteger a sua família acima de tudo. Para Fernando, família é escolha — não apenas laço de sangue — e isso inclui seus irmãos Leonardo, o Don, e Fellipo, o Subchefe, suas cunhadas Samara e Cecília, e o jovem Lorenzo, seu sobrinho já mergulhado no mundo cruel da máfia.Acostumado à liberdade da vida de solteiro e aos relacionamentos passageiros, Fernando domina o jogo da sedução com maestria. Na cama, é um dominador nato, e as mulheres que se entregam a ele experimentam um prazer que jamais esquecem. Mas ele nunca imaginou que poderia encontrar seu porto seguro... até que o destino cruza seu caminho com o de Isadora Ortega.Isadora, 20 anos, é uma jovem espanhola de beleza estonteante e alma vibrante. Criada nos bastidores da máfia, ela sempre soube que liberdade era um luxo. Treinada para ser uma esposa troféu
{ LEMBRAÇAS DE iSADORA }A música ecoava suave pelo salão enquanto meus pés deslizavam no mármore frio. Aquela era a minha fuga — dançar, rodar, fingir que o mundo lá fora não existia. Naquele momento, eu não era a irmã de Paolo Ortega, o Dom da máfia espanhola. Eu era só Isadora. Uma garota de vinte anos com o coração acelerado e os olhos fechados, deixando o corpo seguir o ritmo e esquecendo, por poucos minutos, que eu era prisioneira de um sobrenome perigoso.— Vai acabar derrubando uma coluna dessas — ouvi a voz grossa, divertida, atrás de mim.Abri os olhos e sorri. Paolo estava encostado no batente da porta, braços cruzados e um copo de uísque na mão. Seus olhos tinham aquela mistura de dureza e doçura que só ele sabia carregar. Ele era respeitado por todos, temido por muitos. Mas, para mim, ele era só meu irmão. O homem que prometeu ao nosso pai, antes da morte, que cuidaria de mim. E ele estava cumprindo a promessa com uma devoção que e
O salão estava deslumbrante. Lustres de cristal reluziam como estrelas presas ao teto, lançando fragmentos de luz sobre vestidos caros e sorrisos cuidadosamente falsos. As taças tilintavam, os acordes suaves do quarteto de cordas preenchiam o ar, e os sussurros corriam como serpentes entre os convidados.E eu... estava linda.O vestido dourado abraçava meu corpo como uma segunda pele, reluzindo sob as luzes como se eu tivesse sido moldada pela própria noite. Cabelos presos num coque elegante, maquiagem sutil, mas marcante. A mulher no espelho não parecia comigo — ela era a versão que o mundo esperava ver. A irmã do Dom. A anfitriã. Um troféu silencioso.Mas por dentro... eu estava gelada.— Pronta, maninha ? — perguntou Paolo ao me ver descer as escadas.Seus olhos se suavizaram ao me ver. Sorriu com orgulho, mas também com um brilho melancólico que só eu conseguia notar. Ajeitou a lapela do terno, ofereceu-me o braço, e juntos caminhamos para o salão.Recebemos os convidados com a co
A festa começava a esvaziar.Convidados se despediam com sorrisos satisfeitos, brindes encerravam acordos silenciosos, e o salão, pouco a pouco, perdia seu brilho dourado para dar lugar a uma penumbra carregada de exaustão e intenções ocultas.Eu me mantive perto de Paolo o máximo possível. Fingimos sorrisos, trocamos cumprimentos, agradecemos por presenças hipócritas — o ritual de sempre. que Paolo já estava acostumado mais eu não e minha energia foi sugada.Foi quando uma das criadas se aproximou, discreta, e me entregou um pequeno envelope preto.— Para a senhorita. Disseram que era particular.Meus dedos hesitaram. O papel tinha cheiro de perfume masculino barato misturado com algo mais... azedo. A caligrafia era firme, elegante, mas havia uma violência contida em cada curva da letra.Abri com cuidado.Uma única frase. Escrita com tinta preta, como se fosse um sussurro envenenado.— Terei você.Senti o chão se mover sob meus pés. Meu coração disparou como um alarme mudo. Levante
Os dias seguintes à festa foram... estranhos.Paolo estava diferente. Mais quieto, mais sombrio. Ele passava longos períodos trancado no escritório, e quando me olhava, seus olhos carregavam algo que eu não conseguia decifrar. Uma mistura de medo e fúria.A segurança aumentou, e eu percebi.Homens que antes ficavam discretos, agora me seguiam por todos os lados. Cecilia dizia que era apenas "prevenção". Paolo dizia que era "protocolo". Mas eu sentia. Algo tinha mudado.À noite, o luar parecia mais frio. O vento mais denso. Como se até a casa soubesse que algo se aproximava.Eu estava no jardim dos fundos, lendo um livro sob a luz quente do pôr do sol. Duas seguranças femininas estavam próximas, conversando em voz baixa, como sempre. Tudo parecia normal. Tranquilo demais.Foi então que ouvi o farfalhar seco entre os arbustos.Rápido. Preciso. Calculado.Antes que eu pudesse me levantar, um vulto negro saltou da escuridão — mas os seguranças reagiram na mesma hora. Um deles pulou s