Capítulo 111
Luca Black
Derrick bateu na porta com a ponta dos nós dos dedos, um toque curto, disciplinado. Eu já estava de pé, encarando o terno preto pendurado no cabide como quem encara um veredicto.
— Don — ele começou, quando abri —, está tudo pronto. Os corpos chegam ao velório em uma hora exata. Equipe da casa posicionada, segurança dobrada, e os carros para a comitiva estão alinhados no pátio.
Assenti uma única vez. O corredor parecia mais estreito do que ontem.
— Todos foram avisados? — perguntei, voz baixa, pragmática.
— Funcionários, soldados, capos aliados, o conselho da máfia Amercana, sócios das empresas. Tamy e o pai dela confirmaram presença. — Ele consultou o relógio —. Os primeiros chegam em vinte minutos para a recepção.
— O código do luto? — continuei.
— Preto absoluto. Nenhum outro tom. Eu repeti três vezes. — Ele segurou meu olhar. — E o segredo, Don… morre aqui. Ninguém abrirá a boca sobre sangue. Jackson é um Black. Ponto.
O músculo no meu