— Anny?
— Vai ver se eu estou na esquina. Você não merece que eu te ouça.
Saí correndo do quarto dele, sem ao menos deixá-lo explicar. Peguei minha bolsa e resolvi sair por aí, tomar um ar. Eu precisava esquecer, pelo menos por um momento.
Romeu ficou sem entender. Vestiu suas roupas rapidamente e saiu correndo atrás de mim. Estava assustado. Pela primeira vez, sentia medo. Naquela noite, a avenida estava movimentada. Romeu procurou por todos os lugares, em todos os bares. Enquanto dirigia, pensava:
“Por Deus, onde está essa mulher? Se acontecer alguma coisa com ela, eu nunca me perdoarei!”
O celular tocou. Era o motorista, Hugo.
— Diga?
— Senhor, sua esposa está na empresa HOPPY.
— Ok. Não saia daí até eu chegar. Não tire os olhos dela.
— Certo, patrão.
— Anny, Anny... O que eu farei com você?
Romeu deu meia-volta, indo direto para a empresa. A velocidade estava a 100 por hora. Os pneus deslizavam pela pista, sem dó nem piedade. Ao chegar, deu a ordem para Hugo voltar para casa — ele