— Para que o dia amanheça logo... e tudo acabe — disse, com um sorrisinho sem cor.
— Falta pouco para voltarmos para casa. Descanse, você vai se sentir melhor. Ah! Ficarei ao seu lado até se recuperar — ele prometeu.
— E eu não vejo a hora de estar na minha cama — disse Anny. — Fernando?
— Hum?
— Quero lhe fazer uma proposta. Sei que é cedo ainda... Poderia dormir ao meu lado todas as noites? Tenho medo de que este pesadelo volte a me assombrar. Me promete? — pensou ela.
Romeu sorriu sem graça e perguntou insistentemente o que ela pensava. Anny olhou para ele e negou:
— Não é nada, falei em voz alta, só isso.
Aquele momento foi mágico. Romeu ajeitou o outro lado da cama do hospital, enxugou suas lágrimas, mordeu os lábios, tentando devolver-lhes um pouco de cor, e sussurrou:
— É sério mesmo, Anny, que eu tenho que deitar aqui?
— Você prometeu, Fernando.
— Está bem.
Romeu deitou-se ao meu lado. Senti uma sensação de promessa cumprida. Ele deixou sua timidez de lado.
— Romeu?
Chamei mais