— Senhora? Beba conosco, enquanto pensamos um pouco mais. Insisto, por favor!
— Posso me juntar a vocês?
— Claro — respondeu Romeu.
Sentei ao lado do meu marido, cruzando as pernas, mostrando o quanto estavam torneadas. Peguei sua mão, entrelaçando os nossos dedos. Senti a pulsação dele junto à minha. Estar ao lado dele me fazia sentir viva novamente.
A reunião durou mais de duas horas. Ao final, me despedi dos senhores. Romeu saía primeiro quando segurei sua mão, puxando-o para mais perto. Sussurrei em seu ouvido:
— Estou feliz em te ver... mesmo magoada, seu idiota!
Comecei a bater em seu rosto com todas as minhas forças, tomada pela raiva e mágoa.
— O que isso significa, Anny?
— Isso? Não é nada... comparado a tudo que você me fez passar!
— Para de me bater, Anny! — Romeu pediu mais de uma vez, sentindo o peso da minha mão. Quando ergui a mão de novo, ele segurou e gritou:
— Pare com isso, senão...
— Senão o quê?
— Não me provoque, Anny. Fale o que quer e vá embora!
— Seu babaca...