Rafael
Eu e Tobias ficamos com os dois aliciadores. Eles estão algemados, os rostos tensos, o mais jovem visivelmente desesperado, suando frio.
— Vamos levá-los para o galpão — digo, gesticulando para Tobias para que os conduza até o carro.
Os dois presos trocam olhares, provavelmente tentando entender o que os espera. Não é nada agradável, posso garantir.
André e Marcos chegam aqui na mansão. André sai do carro primeiro, o olhar dele imediatamente focado em Lua. Quando vê o pequeno corte no lábio dela e o braço ligeiramente arranhado, sua expressão endurece de uma forma que até eu sinto um calafrio.
— Lua. — ele chama, a voz firme, mas carregada de emoção.
Ela olha para ele, e é como se toda a força que ela manteve durante a operação se desfizesse. Lua corre até ele, e André a envolve em um abraço esmagador, abaixando a cabeça para beijar sua testa com cuidado.
— Você está bem, minha filha? — ele pergunta, a voz baixa, mas tensa.
— Estou, pai. Foi só um arranhão... — Lua responde, a