MARCOS
Passei o domingo todo a gerir a ressaca e a dor do meu coração partido. Quase não comi e para dormir foi uma tortura. Karina não saía da minha cabeça por muito que eu tentasse pensar em outras coisas.
Fui ao trabalho sentindo-me doente e sem moral para estar rodeado de tanta gente. Mas com muito sacrifício o fiz. O telefone na minha mesa tocou e só levantei o auscultador para fazer com que parasse de tocar.
-Alô- Atendi, soltando um grunhido.
-Tens uma visita.A mãe da tua filha está aqui.
Meu coração batia descompassado apenas pela menção de Karina. O que ela faz aqui? Será que veio desculpar-se? Não creio.
-Estou ocupado.
-Peço-lhe para esperar?
- Não. Não estou disponível para ninguém.
-Compreendo.
Desliguei a chamada e apesar de parte de mim querer sair e correr atrás dela , fiquei firme e não levantei. Depois disso o dia foi improdutivo. Não consegui concentrar-me em mais nada. Meu humor piorou bastante . Até ao fim do dia ninguém se atrevia a falar comigo.
Sai do t