MARCOS
Acordei com os gritos de Kayla. Ouvi Karina murmurar do meu lado algo imperceptível. Kayla estava em pé do meu lado e me abanava para acordar-me.
- Pai, paaaiiiiiii...- Ela gritava sem parar de abanar-me.
- Kayla pelo amor de Deus , são seis da manhã. - Falei, sonolento.
- Mas já amanheceu pai. Vamos.
Olhei para o lado procurando uma tábua de salvação. Karina estava de costas para mim e havia coberto até a cabeça. Conseguia perceber que estava acordada e seu corpo estremecia enquanto tentava abafar o riso. Pelos vistos daquele mato não sairia coelho. Respirei fundo e saí da cama.
Karina e Kayla haviam se mudado para viver comigo há quase um ano e tem sido uma experiência de outro mundo. Excepto quando sou acordado as 6 da manhã num fim de semana, confesso.
Chegamos a sala e Kayla estava aos pulos. Estiquei a mão para trás do sofá e tirei de lá um embrulho e entreguei a Kayla. Ela sentou-se no chão e concentrou-se em abrir-lo.
Senti os braços de Karina envolverem-me em um