Marvila ouviu as palavras cruéis de Dante e sentiu uma onda de ofensa e fúria justa varrer a culpa que a dominava. Ela se levantou, encarando-o, com os olhos marejados de lágrimas de dor e indignação.
— Isso não é verdade! — ela rebateu, com a voz tremendo, mas firme.
— Você não sabe de nada sobre mim ou sobre o que eu sinto pelo seu irmão!
Dante deu um passo à frente, apontando o dedo para ela, nitidamente nervoso.
— Ah, não sabemos? Você deve estar adorando! Meu irmão à beira da morte significa que a custódia da criança e o dinheiro vêm direto para você, sua golpista!
— Pare de falar bobagens! — Marvila se alterou, elevando a voz.
— Eu sou a primeira pessoa a querer o Dom bem de volta! Porque eu sou a mulher dele! Eu era a pessoa que estava vivendo ao lado dele todos os dias, dividindo as alegrias, as tristezas, o medo, tudo!
Neste exato momento, Dayenne voltou do quarto, com Aninha enrolada em um cobertor. Ela percebeu o clima explosivo.
— O que está acontecendo aqui?! — Dayenne