Dom saiu do banheiro enxugando o cabelo, ainda com a toalha nos ombros. Estava cansado, com o corpo tenso e a cabeça girando em mil pensamentos. Passou a mão no rosto, respirou fundo e olhou em volta, o quarto estava vazio.
A cama continuava desarrumada, a janela entreaberta. A bandeja havia sumido.
Ele franziu a testa, olhando ao redor, e chamou em voz baixa:
— Marvila?
Deixou a toalha sobre a poltrona e caminhou pelo corredor. Quando chegou ao fim das escadas, viu a luz da cozinha acesa e o reflexo iluminando parte da sala.
Desceu em passos lentos, com o coração apertando entre preocupação e impaciência. Ao descer, a cena o desarmou por alguns segundos, Marvila estava deitada no sofá, coberta até o peito, com os olhos fechados, fingindo dormir.
Dom parou, observando-a. O cabelo ainda úmido caía sobre o travesseiro. Ele se aproximou devagar, abaixou-se e tentou falar num tom calmo:
— Marvila… por que você desceu? Eu disse pra descansar lá em cima.
Ela manteve os olhos fechados, imóve