Marvila entrou pela cozinha com passos lentos, com o coração acelerado. Ouviu a voz firme de Dom na sala, tentando controlar a situação diante da irmã.
— Eu preciso de ajuda com o enxoval. — dizia ele.
— Marvila está muito cansada e não temos muito tempo para compras.
A voz de Dayenne veio carregada de ironia, quase cortante:
— É… não tem mesmo. Mas esse é o tipo de coisa que mulheres como ela aprendem rápido. A gastar.
Marvila sentiu o sangue gelar. Antes mesmo que pudesse reagir, ouviu Dom a repreender, sério:
— Não fale assim dela, por favor. Ela não é assim. — fez uma pausa e, firme, completou:
— Você pode ajudar ou não?
O silêncio durou alguns segundos, até que Dayenne respondeu com um suspiro impaciente:
— Claro, né? O que mais eu poderia fazer? Eu sempre faço tudo o que você pede. Então vamos às compras.
— Ainda estou chocada. Você devia ter contado, antes. Perdemos de fazer o noivado, chá revelação, chá de bebê. Chá de cozinha. Chá de casa nova.
Dom assentiu rindo, aliviado, s