Capítulo 13 - Parte 3
Ele repetiu com deboche, mexendo no celular:
— Importante? Na moral?
Ela estava terminando de arrumar tudo, copos, pratos:
— É, pelo menos pra mim. — Não gosto de comer na sala ou quarto, nem que comam de colher batendo no prato, como se estivesse batendo massa. Desculpa!
Ele ficou com um sorriso debochado, foi sentar à mesa:
— Então vou comer com as mãos, beleza?
Ela o serviu e colocou a colher no prato:
— Desculpa por me intrometer na sua vida. É que tudo por aqui é bem diferente. — Eu não sei como me comportar, tenho receio de te irritar e ser colocada na rua. Não tenho pra onde ir, Camilo, eu tô ferrada!
Ela começou a chorar sentida. Ele levantou, foi pegar um garfo e faca:
— Não vou te colocar na rua, se tá dormindo comigo, fingindo que quer, no caô, fazendo as coisas pra ter onde ficar, pode parar. — Não precisa disso! Ó, não sei comer com essas porcarias, ninguém nunca me ensinou pra ser sincero. — Para de chorar, porra! Guarda as lágrimas pra quando preci