O toque na cintura foi firme, mas sem pressa. Ele não a puxou — apenas repousou os dedos ali, como quem dizia em silêncio: “Eu posso te arrastar para o abismo… mas vou esperar você dar o primeiro passo.”
— Está com medo de mim, Natalie? — ele perguntou, a voz baixa, quase um sussurro entre ameaça e convite.
Ela demorou um segundo para responder.
— Não sei… — murmurou. — Acho que estou com mais medo de mim mesma.
Os olhos dele brilharam com algo que ela não soube identificar. Orgulho? Desejo? Certeza? Talvez um pouco de tudo. Alejandro se aproximou devagar, o rosto perigosamente perto do dela, até que sua respiração tocou sua pele. O coração de Natalie disparou em um ritmo desgovernado, como se quisesse escapar do próprio peito.
— Isso é o mais honesto que alguém foi comigo em muito tempo — ele disse, com um tom que misturava surpresa e admiração. O polegar roçou sua cintura, provocando um arrepio que percorreu sua espinha. — E sabe o que é mais interessante?
— O quê?
— V