Florence nem precisou se virar para saber quem era. O café em suas mãos escorregou, e a lata rolou pelo chão.
A lata fez um círculo antes de parar aos pés de um par de sapatos masculinos impecáveis.
Florence se abaixou rapidamente para pegá-la, mas antes que pudesse, sentiu mãos frias e firmes deslizando sobre sua cintura. Era como uma serpente gelada que apertava cada vez mais, prendendo-a contra a mesa de café.
O calor de uma respiração foi se espalhando da sua cabeça até seu ouvido, deixando-a confusa e sem ar.
Os lábios dele quase tocaram sua orelha quando uma voz baixa e carregada de ironia cortou o silêncio:
— Você gosta mesmo de segurar a mão de alguém assim?
O ar quente que ele soltava parecia uma pluma roçando sua orelha, provocando uma coceira incômoda e íntima. Florence queria se afastar, mas qualquer movimento era interrompido pela presença dominante e opressora atrás dela, que a subjugava ainda mais.
A proximidade era sufocante. O calor do corpo dele parecia atravessar a