O momento em que pisei no solo de Sydney, o ar estava denso com o cheiro salgado do oceano e o calor seco do sol.
A amplitude daqui era um contraste gritante com o peso opressivo dos arranha-céus de Nova York. Eu não estava com medo. Na verdade, sentia uma expectativa por essa nova vida.
Puxei minha bagagem até a calçada e conferi o endereço que o agente intermediário havia enviado.
Não era tão longe, mas arrastar malas grandes no transporte público seria impraticável. Usei o celular para chamar um táxi.
O carro chegou rapidamente. O motorista era um homem robusto, com um rosto severo e os braços cobertos por uma mistura de tatuagens antigas e novas, complexas. Ele saiu em silêncio e guardou minhas malas no porta-malas.
Ele deve ter percebido minha tensão. Olhou para mim pelo retrovisor e perguntou, com uma voz áspera e carregada de sotaque:
— Turista? Americana?
— De Nova York. — Respondi, sem dar mais explicações.
Ele grunhiu em resposta e não insistiu, concentrando-se em dirigi