Matteo nem sequer desconfiava do que se tratava. Talvez por minha mãe estar lá, ele pensasse que nada me abalaria.
— Podemos conversar no escritório— ele sugeriu calmamente.
Minha mãe se colocou atrás de nós, o que deixou Matteo intrigado.
— Aconteceu alguma coisa?— Ele perguntou olhando para trás.
— Minha mãe gostaria de participar da nossa conversa— expliquei.
Então ele abriu a porta e nos deu passagem. Entramos, e nos sentamos em poltronas, na frente da mesa.
Matteo ficou parado, encostado à porta já fechada, por algum tempo. Ele nos observava, tentando entender o que estava acontecendo.
— Podem falar!— A voz dele era grave, seca.
Eu sabia que era bem à cara dele intimidar o oponente, quando se sentia pressionado.
— Por favor, Matteo, sente-se!— falei, suspirando nervosa.
Ele avançou em passos largos, até se acomodar na sua cadeira giratória.
O semblante dele estava fechado, ele sentia que iríamos desagradá-lo.
— Seja