Leon rugia como um louco, mas não ousava dar um passo adiante para enfrentar a verdade.
A polícia chegou rapidamente, alarmada, e logo contatou o legista para coletar provas.
Após desligar o telefone, o policial à frente apertou o nariz e se aproximou, levantando o lençol sobre meu rosto.
Ao ver meu rosto coberto de vermes, Leon caiu no chão como se tivesse sido atingido por um raio, completamente paralisado.
Ele tropeçou até a maca, segurou minhas mãos magras e começou a chorar descontroladamente:
— Clara, você está brincando comigo, não é? Não me assuste… era só um teste de medicamento, como você pôde morrer?! Eu não acredito! Eu não acredito de jeito nenhum!
Eu estava ali, flutuando, e tentei tocar sua face, mas minha mão passou através dele, como o ar.
Antes, quando Leon chorava, eu enxugava suas lágrimas. Agora, não podia mais tocá-las.
E nem queria. Suas lágrimas haviam chegado tarde demais, e eram tão vazias.
Quando meus pais invadiram o laboratório, Leon já vomitava de tanto ch