Fellipo não desviava os olhos de Cecília enquanto segurava a colher com um pequeno pedaço de comida, trazendo até os lábios dela.
— Abre, amor… — ele pediu com um sorriso suave.
Cecília sentia o rosto esquentar. Estava acostumada a ele ser intenso, possessivo, mas agora ele estava sendo de um jeito que a deixava ainda mais vulnerável: gentil, paciente, amoroso.
— Eu posso comer sozinha, sabia? — ela tentou argumentar, mas a voz saiu fraca.
— Eu sei. Mas eu quero cuidar de você. Deixa, vai…
Ela suspirou, rendida. Abriu a boca e deixou que ele a alimentasse, sentindo o carinho em cada gesto.
Fellipo continuava olhando para ela como se fosse um milagre. E para ele, realmente era.
Em certo momento, Cecília ergueu a mão instintivamente para tocar o rosto, mas ao sentir a dor dos hematomas e do nariz fraturado, hesitou.
Seu coração apertou. Ela sabia que estava machucada, sabia que não devia estar bonita. O pensamento de Fellipo vê-la assim a deixava insegura.
Seus olhos vacilaram, a respira