Fellipo ficou parado no jardim, os punhos cerrados nos bolsos do jeans, sentindo o sangue ferver enquanto observava Cecilia se afastar com Fernando.
Ela ria de algo que Fernando disse, os ombros relaxados, como se aquele pequeno passeio fosse o ponto alto do dia dela. E Thor, o cachorro que costumava ser grudado nele, trotava feliz ao lado de Fernando, abanando o rabo como se ele fosse o dono.
Era ridículo.
Fellipo passou as mãos pelos cabelos, tentando conter o impulso de atravessar o portão e arrancar Fernando dali.
Mas ele sabia que não tinha esse direito.
Ele quem criou a distância. Ele quem a machucou. foi para o bem dela mesmo que agora ela não entendesse.
E agora ela estava construindo uma muralha que ele talvez nunca mais conseguisse escalar.
Enquanto isso, no mercado...
Cecilia escolhia frutas, tentando se concentrar no que precisava para a mansão, mas a presença de Fellipo ainda pesava no peito.
— Vai me contar o que tá rolando ou vou ter que arrancar à força? — Fe