O aroma doce de pão de queijo fresco misturado ao leve perfume do café recém-passado se espalhava por toda a mansão. Cecília, com um vestido leve e os cabelos presos num coque despretensioso, colocava os últimos detalhes sobre a mesa com todo o carinho. Frutas frescas cortadas em potinhos, geleias artesanais, panquecas com calda de chocolate e morango, suco natural, tudo com aquela delicadeza que só ela tinha.
Mesmo com as novas funcionárias prontas para ajudá-la, Cecília fazia questão de montar a mesa sozinha. Aquela manhã era importante — não por ser apenas mais um café em família, mas porque ela sabia que seria um marco para o homem que amava.
Hoje, o passado de Fellipo seria enfrentado de frente. O que restava das sombras, das dores, dos traumas plantados por um pai cruel e uma mãe manipuladora, agora encontraria um novo lugar: o passado.
Ela já havia ligado para Leonardo e Fernando logo cedo. Ambos entenderam o recado com poucas palavras. “É hoje”, ela disse. E os irmãos sabiam o