O abraço de Lorenzo foi firme, mas ao mesmo tempo suave, como se ele temesse me machucar. Eu senti o calor do corpo dele contra o meu, e por um momento, permiti-me relaxar. Era estranho, como algo tão simples podia me fazer sentir tão vulnerável e segura ao mesmo tempo. Mas então, a realidade bateu, e eu me afastei, olhando para ele com uma mistura de raiva e confusão.
— Isso não muda nada. — Eu disse, a voz tremendo levemente. — Você ainda é o mesmo homem que me humilhou, que me tratou como uma obrigação.
Lorenzo parou, os olhos escaneando meu rosto como se tentasse decifrar um enigma.
— Eu sei que errei. — Ele admitiu, a voz suave e carregada de emoção. — Mas estou tentando, Priscilla. Estou tentando ser diferente.
Eu senti as lágrimas queimando nos olhos, mas me recusei a chorar. Não na frente dele. Nunca na frente dele.
— E se você não conseguir? — Eu perguntei, a voz tremendo. — E se tudo isso for apenas mais um jogo para você?
Ele parou, os olhos fixos nos meus. Havia algo ali,