Acima do penhasco, a luz da lua iluminava a área, destacando as formas das árvores e das rochas. No silêncio noturno, uma coruja sobrevoava a região, seus olhos fixos em Maya. Não piscava, como se estivesse em uma missão, determinada a não perder nenhum detalhe do que acontecia com ela. A presença da coruja, com sua sabedoria ancestral, adicionava uma camada mística à atmosfera.Maya, parada à beira do penhasco, sentiu a aproximação dos gêmeos muito antes deles emergirem da floresta. O cheiro celestial que emanava deles era inconfundível, uma fragrância que despertava memórias antigas e emoções conflitantes. Ela se preparou para a possível dor da rejeição, pois tinha certeza de que eles estavam ali por um motivo específico, rejeitá-la.Seu coração acelerou, e ela manteve os olhos fixos na escuridão à frente. Todo o corpo tenso, ela esperava pela aproximação dos gêmeos, sem se virar para olhá-los. A incerteza pairava no ar, como um véu que envolvia a cena, enquanto Maya se preparava pa
Longe dali, em seu esconderijo oculto, Justin se levantou do chão, liberando uma série de palavrões que ecoaram no ambiente silencioso. Ele acompanhava cada passo de Maya, observando através dos olhos da coruja que pairava sobre o penhasco. A habilidade de ver através dos olhos da criatura noturna fornecia a Justin uma perspectiva valiosa e oculta do que estava acontecendo, permitindo-lhe colar em prática seus planos obscuros de poder e sua obsessão por Maya. Quando os gêmeos se aproximaram de Maya, ele ficou furioso, pois algo lhe dizia que aquele encontro poderia atrapalhar seus planos.No entanto, quando os gêmeos olharam diretamente para a coruja, como se pudessem enxergar a própria presença de Justin nela, ele se assustou. Ao tentar escapar abruptamente, desequilibrou-se e caiu, espalhando maldições pelo esconderijo.O coração de Justin batia acelerado enquanto observava os gêmeos com uma mistura de raiva e medo. Eles não eram simples mortais; havia algo sobrenatural em seu olhar
Maya olhava incrédula para os gêmeos, esperando por uma confirmação das palavras de Carlos. Seus olhos buscavam nos de Caio e, com a mesma segurança do irmão, ele disse:"Esperava o quê? É nossa companheira, e vamos marcá-la como nossa."Um turbilhão de emoções tomou conta de Maya. O mundo ao seu redor parecia girar, e ela teve que respirar fundo para assimilar o significado das palavras dos gêmeos. Compreendendo a intensidade do compromisso que estas palavras significavam, um misto de ansiedade, excitação e medo a envolveu.Caio e Carlos se aproximaram imediatamente, preocupados com a possibilidade de Maya estar se sentindo mal por algo relacionado à transformação que a aguardava. Os olhos atentos dos gêmeos procuravam por sinais de desconforto ou hesitação em seus traços.Ao tocarem suavemente os braços de Maya, a explosão de sensações foi intensa. Uma corrente elétrica parecia percorrer o corpo dos três, conectando-os de maneira profunda e visceral. Maya sentiu um calor reconfortan
Maya chegou em sua casa com o coração acelerado, o perfume dos gêmeos ainda impregnado em sua pele e roupas. Sabia que o encontro com seus pais seria inevitável, mas, relutante em enfrentar uma conversa naquele momento, ela deslizou até a sacada do seu quarto, entrando sem fazer barulho. A noite estava calma, e a lua lançava uma luz suave sobre a paisagem tranquila.Deitando-se em sua cama, Maya encarou o teto, perdida em pensamentos. Murmurou em um sussurro: "Deusa, o que eu fiz para merecer isso?" Uma sensação contraditória de desespero e excitação se misturava dentro dela. Embora uma parte de Maya se questionasse sobre o rumo que sua vida estava tomando, um sorriso brincou em seus lábios. No fundo, ela sempre sonhara em ter os gêmeos só para ela, e agora essa fantasia se tornara realidade.Os olhos cansados de Maya fecharam-se lentamente, rendendo-se ao cansaço e à confusão que a dominavam. Enquanto ela mergulhava no sono, seus sonhos eram povoados por imagens de dois irmãos extrao
Logan e Mia caminhavam lado a lado, suas mãos se tocando de vez em quando, sentindo a eletricidade do vínculo de companheiros percorrer a ambos. Logan, com um gesto carinhoso, entrelaçou suas mãos, e juntos continuaram o caminho até a casa dele. Um silêncio confortável se instalou entre eles, apenas o som suave de seus passos na estrada e o murmúrio suave da brisa noturna. O céu estrelado acima deles e a lua, testemunhas silenciosas do início de uma nova história de amor, lançavam sua luz prateada sobre o casal. Logo, chegaram à casa de Logan, uma residência modesta, mas bem cuidada. A luz fraca na entrada destacava a beleza simples da casa. Mia olhou ao redor, curiosa, e perguntou: "Você mora com seus pais?" Logan sacudiu a cabeça suavemente e respondeu: "Não, somos só eu e Mia. Meus pais morreram na última guerra pelos Filhos da Lua." Houve um breve momento de silêncio, enquanto Mia processava a informação. Ela olhou para Logan com compaixão e disse: "Sinto muito." Logan
O sol começava a iluminar o horizonte, marcando o início de um novo dia. Maya, mesmo apreciando a ideia de ficar mais um tempo na cama, sabia que teria um dia longo pela frente. Vários pacientes aguardavam na clínica, e suas responsabilidades a chamavam. Com um suspiro, ela desceu para tomar café da manhã. Seus pais, cientes da natureza reservada de Maya, pareciam entender que tocar no assunto dos gêmeos como companheiros estava fora de questão. Como se houvesse um acordo tácito entre eles, a manhã transcorria em um silêncio respeitoso. Maya sentia uma profunda gratidão por isso; a complexidade de suas emoções ainda não tinha encontrado espaço para ser discutida. Após um café da manhã rápido, Maya dirigiu-se à clínica. As ruas estavam começando a ganhar vida, e o aroma fresco da manhã envolvia-a enquanto ela se dirigia ao local onde tantas necessitando de cura e cuidado esperavam por ela. Enquanto caminhava, a mente de Maya vagava, e ela se perguntava onde Mia poderia ter se metid
Uma apreensão toma conta de Maya, e uma onda de pensamentos inquietantes invade sua mente. Nem nos seus sonhos mais ousados ela havia imaginado ser a Suprema Luna. Embora tenha nutrido uma paixão pelos gêmeos desde a infância, ela ignorou ou deliberadamente evitou considerar o fato de que, sendo eles os Supremos Alfas, sua companheira se tornaria a Suprema Luna.Agora, diante da realidade que se desenrola, Maya questiona a si mesma se será forte o suficiente para liderar ao lado dos gêmeos no mundo sobrenatural. Dúvidas surgem sobre sua capacidade de travar lutas para defender seu povo quando necessário. Ela se pergunta se poderá enfrentar as responsabilidades que acompanham esse novo papel, liderando não apenas como companheira, mas como uma figura central e respeitada na alcateia.Enquanto permanece sentada ao lado de Mia, os pensamentos tumultuam em sua mente, criando um fio de ansiedade. A jornada de Maya para descobrir seu lugar no mundo sobrenatural se torna mais complexa, e o d
O escritório dos supremos alfas era um refúgio silencioso e imponente, um lugar onde as decisões eram tomadas e os destinos moldados. No entanto, enquanto Caio e Carlos debatiam estratégias, alheios à tempestade que se aproximava, a atmosfera era tensa. A forte atração entre os gêmeos e Maya, outrora ignorada, agora se tornava impossível de negar. A conexão intensa que compartilhavam com Maya os impulsionava a buscar um recomeço, mas o desafio à frente era monumental.Confrontando seus próprios erros, os gêmeos admitiam, com uma honestidade brutal, as falhas do passado. Desrespeitaram e humilharam Maya, deixando marcas que agora pareciam insuperáveis. A consciência da gravidade de suas ações passadas pesava sobre eles, e a incerteza do futuro pairava como uma sombra."Somos os supremos alfas. Isso deve contar para alguma coisa," afirmou confiantemente Carlos, tentando encontrar uma saída para a situação delicada.Caio, por sua vez, suspira, lançando um olhar de descrença para o irmão: