Caio e Carlos já haviam ouvido o suficiente. A complexidade da situação em que se meteram exigia uma discussão privada, longe das expectativas e olhares dos outros. Sentiam a necessidade de ficarem sozinhos, de debaterem entre si as nuances dessa nova realidade que se apresentava diante deles.
Decidiram, sem mais delongas, dar por encerrada aquela reunião na casa de seus pais. O silêncio carregado persistia quando Caio e Carlos se levantaram, trocando olhares cúmplices. Sem dizer uma palavra, saíram para a noite, deixando a atmosfera carregada para trás.
Ao contrário do que muitos esperariam, os gêmeos não se transformaram. O medo do que suas feras descontroladas poderiam fazer era palpável. Em vez disso, como se atraídos por uma força magnética, começaram a caminhar em direção à vasta floresta que se estendia além do horizonte. A natureza parecia chamá-los, como se sussurrasse segredos antigos e oferecesse respostas que não poderiam ser encontradas em meio às quatro paredes de uma sa