— Está certo. Vamos esperar que ela acorde, Tommy e eu seremos os primeiros a falar com ela.
— Claro — respondeu o médico.
Camilla não saiu dali.
Ela puxou uma cadeira, sentando-se ao lado da maca, observando a Petra como quem observa um campo de batalha vazio. Suas mãos apertavam os joelhos, e os olhos examinavam cada detalhe do rosto da loba, tentando entender o que poderia ter acontecido. Algo dentro dela dizia que aquilo era apenas o começo.
***
As horas passaram lentamente, com apenas o som dos monitores cardíacos preenchendo o silêncio do quarto. Tommy saiu por um tempo para resolver assuntos da alcateia, mas Camilla permaneceu ali, firme, mesmo quando a dor no corpo começava a se intensificar. A presença da Luna não passava despercebida, os enfermeiros caminhavam em silêncio ao redor dela, murmurando respeito entre si.
Então, finalmente, Petra se mexeu.
Foi um movimento fraco, um leve estremecer dos dedos. Camilla se levantou imediatamente, inclinando-se para mais perto.
— Petr