A coletiva da Savannah ainda ecoava na minha cabeça como um trovão elegante. Ela tinha incendiado o mundo com palavras frias e afiadas, e ninguém, absolutamente ninguém, saiu ileso. Damon desapareceu — covarde como sempre — e os investidores voltaram a nos ver com olhos de ouro.
Mas não era só isso que latejava em mim. Era ela. Ela, de pé naquela maldita sala, olhando o mundo nos olhos e dizendo: "Não sou escudo. Sou espada."
Porra.
Eu estava apaixonado por uma mulher que podia me destruir — e ao mesmo tempo, era a única que podia me salvar de mim mesmo.
O problema? Meu pai também sabia disso. E quando Harry Montserrat sabe de algo, ele age.
— Entre, Thomas — a voz dele cortou o silêncio da sala do conselho. Estava de pé, à janela, segurando uma taça de vinho como se estivesse num leilão de arte, prestes a revirar meu mundo de cabeça pra baixo.
— Recebi um telefonema da imprensa hoje — ele continuou, sem me olhar. — Um deles perguntou se você e Savannah têm um relacionamento. Se o en