Os dias que seguiram o confronto no armazém foram mais calmos do que Luna esperava. Não porque o perigo tivesse desaparecido, mas porque, por um breve instante, o silêncio era necessário. Após entregar os arquivos a uma força-tarefa confidencial do Ministério da Justiça, que Leonel tinha contatos de confiança, eles puderam voltar à mansão com um pouco de tranquilidade — mesmo que temporária.
Na segunda-feira seguinte, o sol nasceu tímido atrás das nuvens. Luna acordou com o som suave do despertador, um toque diferente que Leonel programara apenas para ela. O corpo ainda sentia o cansaço dos últimos dias, mas a mente já estava focada. Havia muito a ser feito no Grupo Bragança.
Ao entrar no closet, encontrou uma roupa separada cuidadosamente: um blazer azul-marinho, uma blusa de seda bege e uma calça de alfaiataria. Tudo acompanhado por um bilhete em caligrafia firme:
“Hoje, você vai brilhar. – L.”
Ela sorriu. Era reconfortante saber que, mesmo em meio ao caos, Leonel fazia questão de l