Os dias seguintes foram intensos, mas de uma intensidade diferente. Não mais dominados pelo medo, pela angústia ou pelas ameaças. Agora, tudo girava em torno de reconstrução — da empresa, da imagem pública e, principalmente, da alma de Luna.
Vicente Vilar foi preso na manhã de segunda-feira, ao tentar fugir em um jatinho particular. A prisão foi televisionada. Os rostos da justiça finalmente ganharam destaque em um país acostumado a ver os poderosos escapando impunes.
Enquanto isso, o Grupo Bragança dava início a uma nova fase. Luna assumiu oficialmente a vice-presidência, enquanto Leonel, agora sócio majoritário, se tornava o rosto da mudança. As ações da empresa dispararam com a repercussão positiva. Investidores que haviam se afastado retornavam com entusiasmo.
Mas Luna não buscava apenas sucesso financeiro.
Ela passou a comandar também uma fundação com o nome da mãe: Instituto Isadora, voltado ao acolhimento de mulheres vítimas de violência e silenciamento judicial. Era o seu modo