4.2

As ruas de paralelepípedos estavam movimentadas, repletas de mercadores e aldeões que iam e vinham, carregando cestos e sacos de estopa. O cheiro de pão fresco e carne assada misturava-se ao aroma forte de estrume e terra molhada.

Tristan caminhava à frente, imponente, como se nada ao redor fosse digno de sua atenção. Helena, por outro lado, mantinha o capuz do manto puxado sobre o rosto, tentando não atrair olhares indesejados. Mas, mesmo assim, sentia os cochichos ao seu redor.

— É ela…

— A bruxa…

— O que aquele homem está fazendo com ela?

Seu coração acelerou, mas ela se manteve firme.

Era assustador estar lá, em lugar que ela sabe que todos a odeiam, sem nem ter um bom motivo para isso! Fazia tempo que ela não sentia essa dor tão forte e claramente, a dor da rejeição, do abandono, Helena odiava viver essa vida, mas foi a vida que os deuses deram para ela.

Tristan parou diante de uma grande tenda de madeira, coberta por um tecido grosso e gasto pelo tempo. Era o açougueiro da vi
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