O toque era suave, meticuloso. Helena deslizava os dedos ágeis sobre a pele dele, trocando as ataduras com o mesmo cuidado que dedicava aos seus animais. Tristan observava em silêncio, os olhos fixos no rosto dela, no pequeno vinco entre suas sobrancelhas enquanto se concentrava no que fazia.
Ele deveria estar aliviado que a dor estivesse diminuindo, que os ferimentos estivessem cicatrizando bem, mas, por alguma razão, sentiu um aperto estranho no peito ao perceber que a rotina estava chegando ao fim. Logo, não haveria mais bandagens para trocar. Logo, ela não teria mais motivos para tocá-lo.
Helena umedeceu um pano e passou delicadamente sobre um corte mais recente, arrancando um suspiro baixo dele.
— Está doendo? — ela perguntou, sem erguer os olhos.
— Não.
Era mentira. Mas não pela dor do ferimento.
Ele deveria desviar o olhar, deveria fingir que nada disso o afetava. Mas era difícil ignorar a maneira como os lábios dela se franziam levemente enquanto examinava o corte, o jeito com