Elas riram e continuaram o passeio. Visitaram mais alguns estandes, compraram lembranças e tiraram fotos juntas. O dia passou leve, sem pres-sa. O céu começou a mudar de cor — um laranja suave abraçando o azul do fim da tarde.
De volta à pousada, Alina tomou banho, trocou de roupa e conferiu a sacola onde havia guardado o livro para Joaquim, embrulhado com
cuidado. Ela escreveu um bilhete e o colocou entre as páginas:
"Achei sua cara.
— A."
Marina apareceu na porta do quarto já pronta para ir embora.
— Bora, minha romântica favorita?
— Vamos. Já tô morrendo de saudade do meu travesseiro.
— É claro que é do travesseiro, né? — Marina respondeu com ironia, fazendo Alina revirar os olhos e rir.
O carro deslizou lentamente pela entrada da propriedade, os faróis cortando o caminho entre as árvores. Já passava das dez da noite, e a mansão de Joaquim parecia silenciosa, exceto pela luz suave da varanda acesa — e por ele, parado ali. Joaquim estava à porta, com a camisa branca semiaberta no