Julieta lutava contra as algemas que a prendiam à cama. Seu pulso começava a doer, mas não parava de insistir:
— Me solte, Marcelo. Te peço pela enésima vez em... cinco minutos — Julieta olha o relógio na parede cansada— pelo menos tire isso de mim.
Marcelo, imperturbável, deixou uma bandeja com comida e água sobre a mesinha ao lado da cama. Seu rosto estava tenso, mas evitava contato visual com Julieta.
— Não posso fazer isso. Estou esperando ele me avisar.
Não era preciso perguntar quem era "ele". Maximiliano Hawks. Sempre Maximiliano. Julieta cerrou os dentes, furiosa. Havia passado dos limites. Desta vez, não pensava perdoá-lo.
— Isso não é normal, Marcelo! — exclamou, com a voz quebrada pelo desespero— . Me escute, por favor. Ligue para alguém, mande procurá-lo... mas preciso saber que ele está bem.
Marcelo hesitou pela primeira vez. Seu olhar vacilou antes que conseguisse compor sua fachada tranquila.
— Melhor assistir um filme. Vai te ajudar a relaxar — opinou Marcelo te