Julieta
Sentia que estava perdendo a mente. Só queria encontrar minha pequena menina. Max e eu percorríamos andar por andar do prédio, e haviam passado duas horas sem que conseguíssemos nenhuma pista. Cada passo era um golpe no coração, cada canto vazio uma punhalada na alma. As lágrimas não paravam de cair pelo meu rosto, e embora tentasse manter a esperança, me sentia despedaçada.
Max, apesar de sua aparência mais calma, não estava melhor que eu. Seus olhos vermelhos o entregavam. Embora tivesse melhorado de sua doença e estivesse nos últimos meses de tratamento, sua energia não era a mesma de antes. No entanto, não parava de buscar comigo, sua determinação inabalável, como sempre.
— Ela não está... — murmurou Max, frustrado, apoiando-se contra a parede como se as forças o estivessem abandonando.
Olhei para ele, sentindo que também estava vacilando.
— Vamos encontrá-la, só precisamos... — Minha voz se quebrou enquanto novas lágrimas sulcavam minhas bochechas. — Precisamos de out