Julieta abriu os olhos lentamente, sentindo um peso na cabeça e uma leve tontura. O quarto estava iluminado com uma luz tênue, e quando tentou se mover, um copo de água fresca apareceu à sua frente. Sem pensar, pegou-o avidamente, deixando que o líquido aliviasse sua garganta seca.
— Você está bem? — perguntou uma voz suave e rouca.
Levantou o olhar e encontrou os olhos de Maximiliano fixos nela, cheios de preocupação e algo mais, uma culpa que parecia consumi-lo. Julieta piscou, ainda tentando ordenar seus pensamentos.
— Eu... não sei — murmurou, passando uma mão pela testa. A sensação de estranheza em seu corpo era avassaladora.
— Me sinto estranha — admitiu finalmente, mas assim que as peças começaram a se encaixar em sua mente, seu coração se contraiu e um soluço se formou em sua garganta. — Minha menina, Max... — disse com um fio de voz, a dor em seu peito ameaçando sufocá-la.
Maximiliano se inclinou em direção a ela, pegando sua mão com suavidade.
— Estou procurando por ela