Isabel abriu os olhos lentamente, piscando contra a luz tênue do quarto. Levou vários segundos para se orientar. Tudo parecia um sonho, desde o cheiro de desinfetante até o suave murmúrio das máquinas ao seu redor. Sentiu um peso quente em sua mão, mas ao tentar movê-la, descobriu que estava presa. Virou a cabeça com dificuldade e o viu.
Callum estava ali, sentado ao lado da cama, com a cabeça inclinada num ângulo desconfortável sobre o colchão. Seu cabelo bagunçado caía sobre sua testa e ombros, e seu rosto descansava numa expressão tranquila, muito diferente do homem forte e sério a que estava acostumada. Seu nariz longo e fino lhe dava um ar aristocrático, e seus lábios grossos, ligeiramente entreabertos, pareciam vulneráveis, quase como se ele também estivesse exausto por tudo que haviam passado.
Por um momento, Isabel não conseguiu desviar o olhar. "Como alguém como ele pode estar aqui, comigo, depois de tudo?", se perguntou, com uma mistura de espanto e tristeza. Era um homem q