Julieta estava revisando alguns papéis em seu escritório, seu olhar fixo e concentrado enquanto o murmúrio das ligações e teclados no escritório mal conseguiam penetrar sua bolha de concentração. Os sócios haviam optado por se manter à margem desde que a crise havia começado, deixando Julieta administrar o peso da Hawks Holdings praticamente sozinha.
O som da porta se abrindo a tirou de seu transe. Era Matteo, seu assistente, que entrou com passos cautelosos. Julieta levantou o olhar, e a linha de sua testa se franziu ligeiramente ao notar a gota de suor que se formava na testa do jovem. A tensão no escritório era palpável desde que Maximiliano Hawks havia sido preso. Julieta, conhecida por sua frieza, parecia ter se tornado mais implacável. Sua aura gélida intimidava até os mais audazes.
— O que acontece, Mateo? — perguntou com um tom que não convidava à demora.
— Senhora Beaumont, há alguém lá fora... não tem horário marcado, mas insiste em vê-la — respondeu, sua voz trêmula enqua