Não vou embora sem ela
Dimitri respirava com dificuldade, seus olhos brilhando com uma fúria que parecia consumi-lo por dentro. O copo que havia jogado no fogo crepitava entre as chamas, enquanto os restos de sua mesa jaziam espalhados por todo o quarto. Papéis rasgados, uma luminária caída, e algumas canetas destroçadas completavam o caos.
— Todo esse maldito plano arruinado! — rosnou Dimitri, batendo com o punho na madeira estilhaçada da mesa.
Fernando, sentado numa cadeira próxima, tentava se manter calmo, mas o suor em sua testa o traía. As palavras de Dimitri estavam cada vez mais erráticas, e a sombra de Ignati, o homem que ambos temiam, parecia crescer em cada canto do ambiente.
— É só uma mulher, Dimitri — tentou acalmá-lo Fernando, limpando o suor com um lenço amassado. — Max está na prisão, sim, mas Julieta não é uma ameaça real. Só é astuta porque sabe aproveitar os recursos à sua disposição.
Dimitri o fuliminou com o olhar, se aproximando lentamente dele.
— Astuta não